Por: Hélio Cristóvão
Paris Jackson, de 25 anos, é uma das herdeiras de Michael Jackson que mais fala sobre o pai publicamente. Em uma entrevista recente à revista americana Rolling Stones, a artista e modelo estadunidense surpreendeu ao declarar que se identifica como uma mulher negra, apesar do seu fenótipo contrário.
“Ele é meu pai. Ele sempre será meu pai. Ele sempre foi e nunca deixará de ser. As pessoas que o conheciam muito bem dizem que o vêem em mim, que é quase assustador”.
Paris revelou também que Michael Jackson fazia questão de lembrar das suas raízes e de se orgulhar delas.
“Eu considero-me negra. Meu pai olhava-me nos olhos, apontava-me o dedo e dizia: Você é negra. Seja orgulhosa das suas raízes. E eu diria, Oh, ele é meu pai, por que ele mentiria para mim?”, comentou.
Durante décadas nos Estados Unidos existiu uma regra que se chama “uma gota de sangue” (do inglês “One-drop rule) – um princípio social e legal de classificação racial que foi historicamente proeminente no século XX. Afirmava que qualquer pessoa com mesmo um único ancestral de ascendência africana subsaariana seria considerada em termos históricos.
Embora a regra de “uma gota” não tenha um propósito real nos termos da lei dos EUA, hoje a percepção de como as pessoas se identificam e os outros ainda prevalece.