O músico e compositor angolano, Dodó Miranda, defendeu, recentemente, em entrevista ao Platinaline, aquando de um evento cultural, em Luanda, a valorização da música folclórica por considerá-la a matriz do que é a identidade de um povo.
Na ocasião, aos microfones da Platinaline, Dodó Miranda começou por elogiar a iniciativa do evento que visou engrandecer a música folclórica e patenteou que o folclore traz os valores e a codificação genética de um povo.
Para o artista a nossa cultura está intrinsecamente ligada a identidade e o estilo musical folclórico é o berço e a matriz da identidade de um povo.
“Então precisamos compreender, está mais que comprovado, a música folclórica é o berço, é a matriz daquilo que é identidade de um povo e a identidade de um povo ela começa por si e começa na sua própria área, no seu habitat e depois ele vai vazando”, defendeu.
Ao terminar, Dodó Miranda fundamentou que se não valorizarem este tipo de música, Angola ficará para trás.
“Se nós não defendermos a nossa matriz, nós nunca vamos ter identidade (…) vamos ter sempre o cota Bonga à frente, a liderar (…) compreendemos, Yuri da Cunha voltou as suas origens e hoje tem melhor projecção do que nunca, Du Canhoto, Vozes do Nambwa, Socorro, Kumbilixia e outros. (…) É só voltarmos e vermos no tempo da Covid-19, e vamos sentir que foram os grupos que sustentaram as pessoas e conseguiram manter as pessoas em casa enquanto eles actuavam”, fundamentou.
Por: Nunes Hebo